A Galeria Duarte Sequeira, em Braga, apresenta duas novas exposições. Mauro Ventura dá a conhecer Forest of Metal Whispers, uma narrativa na qual figuras com mudanças de forma permanecem como restos antigos, num convite a trazer o passado, o presente e o futuro à vida. Considerando que, em épocas passadas, a presença de figuras e criaturas mágicas fora atribuída a personagens malignas que se tornaram alvos ao longo da História, o artista de Vila Nova de Famalicão oferece uma forma de entender o mágico, a alquimia e a espiritualidade sob uma nova perspetiva, no sentido de reenquadrar as personagens de uma forma moderna e num abraço aos valores “transumanistas”.
Partindo do método de colagem, o artista expressa a sua obra através da pintura, da escultura, da instalação e da performance, com base num processo de pesquisa por linguagens ancestrais que estudam o oculto, na intenção de propor uma nova hiper-realidade. Invocando duas esferas opostas da vida e explorando os limites da luz e da escuridão, a obra de Ventura centra-se na espiritualidade enquanto possibilidade de imaginar mundos e oportunidades diferentes da realidade, envolvendo entidades visíveis e invisíveis, a fim de demonstrar como habitualmente “demonizamos as coisas”.
A exposição Forest of Metal Whispers encontra-se patente na Galeria até ao dia 28 de maio.
A Galeria Duarte Sequeira anuncia ainda a inauguração da exposição Cadilac4, da artista Shaina McCoy, que se apresenta pela primeira vez na galeria com a mais recente série de pinturas de retratos que traçam a sua herança familiar, recorrendo a um estilo de assinatura de pinceladas espessas e brilhantes, destacando rostos com poucas ou nenhumas características. A ausência da assinatura da artista não resulta de um possível “branqueamento”, mas sim de uma afirmação, recorrendo ao retrato e conferindo-lhe uma nova relevância. Cada obra preserva apontamentos realistas, garantindo um equilíbrio entre o princípio da familiaridade e o anonimato, fundindo a identidade privada e a pública.
A artista de Minneapolis encontra-se em residência artística em Braga até 9 de abril – dia da inauguração – sendo que a exposição ficará patente na galeria até 11 de junho.