A Galeria Duarte Sequeira, em Braga, anuncia a inauguração de duas exposições coletivas, a 30 de outubro. O espaço principal receberá vários dos artistas representados pela galeria, destacando Julian Opie, Vanessa da Silva e Petra Cortright, ao passo que o Edifício Armazém GDS estreia-se com uma primeira exposição imersiva e disruptiva.
In bed with a mosquito é uma exposição coletiva que explora “a associação do bem-estar da humanidade e a qualidade do meio ambiente”, como perfeito reflexo da sociedade, na tentativa de reenquadrar a relação com a natureza. Partindo do conceito humano de estruturação da vida em torno das condições históricas e climáticas adjacentes, enquanto parte integrante do meio ambiente somos simultaneamente influenciadores e influenciados por qualquer mudança que ocorra à nossa volta. A força predominante da Terra é o resultado da intervenção e da atividade humana, decorrendo do desejo de capturar e controlar a força dos momentos efémeros dos ambientes naturais. A inspiração influencia a vida na Terra, levando à criação de repercussões ambientais nocivas e irreversíveis. In bed with a mosquito é uma mostra coletiva, com intervenção de vários artistas, como Petra Cortright, Lito Kattou, Petros Moris, Julian Opie, Ricardo Passaporte, Vanessa da Silva, Jonathan Uliel Saldanha.

Na exposição, cada artista aborda essa conexão a partir da sua própria perspetiva, discutindo coletivamente temas de convivência e troca, adaptabilidade e comunicação, identidade e género, mundos e seres alternativos, bem como a memória e o uso de novas tecnologias para explorar questões ecológicas. A exposição ficará patete no espaço principal da Galeria Duarte Sequeira até ao dia 15 de janeiro.
Em paralelo, o Edifício Armazém GDS estreia a exposição Blistering Tongues, com curadoria de Caterina Avataneo e Despoina Tzanou. Nesta mostra, a voz é assumida como um “evento primordial na subjetividade”, partindo do princípio que viaja por cavidades internas até chegar à boca e anunciar-se como um “sopro de vida, animando e situando o corpo sonoro no reino da existência”. Com sonoridades, silêncios, ritmos e entonações, a voz define uma identidade individual e constitui um portador de agência e diversidade. Reside à objetivação e à alienação, dando espaço para a personalidade e a necessidade de ser ouvida. A exposição reúne os artistas: Olivia Douglass, Lee Fraser, Rebecca Lennon, Marianna Simnett, Jonathan Uliel Saldanha, Jenna Sutela, Slavs e Tatars.
O programa explora as ansiedades corporais da sociedade associadas à boca e à voz, a fim de expor sensações de opressão, impedimento e inadequação vivenciada por “sujeitos reprimidos”. Blistering Tongues ficará patente até 27 de novembro de 2021.
